Each of us in our own way can try to spread compassion into people’s hearts.
A pós está acabando e eu estou particularmente dando graças a deus. Primeiro porque vai aliviar meu bolso, segundo porque vou ter tempo de ir à academia, ficar in-shape novamente (nem lembro a última vez que foi isso, mas ok...rs), tomar mais cerveja com os amigos...
Mas vamos ao Seu Orlando que é o objetivo desse post.
Seu Orlando é um senhor que trabalha para a secretaria da escola. Cabelinho branco, deve ter la seus 65 anos, estatura mediana, andar calmo, voz tranquila.
Não sei exatamente o que o Seu Orlando faz além de buscar a pastinha de presença e trazer a avaliação do professor no final do curso. Mas é uma simpatia.
Lembro do professor Weber (uma das melhores aulas de Planejamento Estratégico que eu já tive) dizendo "Ôôoooo Seu Orlando, boa noite!" quando ele vinha buscar a pastinha.
O que leva um senhor da idade dele ainda estar trabalhando, deve ser algo mais que a paixão pela escola, mais que a vontade de estar em casa cuidando do jardim.
E isso acho extraordinário.
Talvez seja uma necessidade, não sei. Mas o sorriso no rosto está sempre lá.
São poucas as coisas de que eu vou sentir falta nesse ano e meio de pós-graduação...
Vou sentir falta do Seu Orlando.
Sei que tinha coisa melhor pra postar aqui, mas preciso compartilhar esse parêntesis. 
Quando estiver na 23 de maio, descendo o viaduto Washington Luiz rumo à minha formosa casa, não deixe de dar uma olhadinha para o seu lado esquerdo. Você verá uma trepadeira enorme isolada na ponte. Não sei como tudo começou...Às vezes tenho esses lances de ver coisas que estão no mesmo lugar há anos e achar que nunca estiveram lá.
Achei no mínimo esquisito.
Fui a uma mostra de Machado de Assis ontem no Museu da Língua Portuguesa. Cada vez que entendo mais sobre esse cara, fico mais fã. A maneira como ele despe o ser humano é sensacional. "Memória Póstumas de Brás Cubas" é um dos meus prediletos. Gosto de livros em que você perde tempo pensando e adaptando cada frase à vida real.
Machado é assim: cada vez que você lê, descobre algo novo, que te impressiona de uma forma diferente de como te impressionou na última vez. Era um gênio. Leia a biografia e um trecho das "Memórias..": http://www.machadodeassis.org.br/
"Talvez espante ao leitor a franqueza com que lhe exponho e realço a minha mediocridade; advirto que a franqueza é a primeira virtude de um defunto. Na vida, o olhar da opinião, o contraste dos interesses, a luta das cobiças obrigam a gente a calar os trapos velhos, a disfarçar os rasgões e os remendos, a não estender ao mundo as revelações que faz à consciência; e o melhor da obrigação é quando, à força de embaçar os outros, embaça-se um homem a si mesmo. Porque em tal caso poupa-se o vexame, que é uma sensação penosa, e a hipocrisia, que é um vício hediondo. Mas, na morte, que diferença! que desabafo! que liberdade! Como a gente pode sacudir fora a capa, deitar ao fosso as lantejoulas, despregar-se, despintar-se, desafeitar- se, confessar lisamente o que foi e o que deixou de ser! Porque, em suma, já não há vizinhos, nem amigos, nem inimigos, nem conhecidos, nem estranhos: não há platéia. O olhar da opinião, esse olhar agudo e judicial, perde a virtude, logo que pisamos o território da morte; não digo que ele se não estenda para cá, e nos não examine e julgue; mas a nós é que não se nos dá do exame nem do julgamento. Senhores vivos, não há nada tão incomensurável como o desdém dos finados."
Nada como uma torradinha "salgada" com muuuuuuito requeijão em cima e um pacote de chocooky de baunilha pra terminar uma quarta-feira estressante...Mmmmmm!
Melhor que isso talvez seja uma fatia de pão sovado com bastante margarina e um café doce quentinho...
Ou então bolacha de maisena com margarina e também café quentinho...
Ou bolo de milho feito com milho ralado mesmo e também um café quentinho...
Ou bolo de fubá molhadinho com café quentinho... 
Ou bolo de cenoura com cobertura de chocolate, daquelas durinhas, com...um café quentinho.
Com certeza tem mais coisa...Mas um cafézinho passado na hora acompanha qualquer prazer, né?
